O tempo passa...

Comer um belo dum bacalhau bem temperado assado na brasa acompanhado com umas batatinhas a murro, umas malgas dum bom maduro tinto e broa é bom. Fazê-lo com os amigos da copofonia é do melhor. Discotecas? Isso é para quem tem 18 anos. Já foi tempo, e longe vai ele em que se ia (íamos) para a discoteca para ver umas gajas, falar aos berros e pagar o cu e as calças por meia dúzia de finos. O que é certo é que poucos ou nenhuns chegavam mesmo a "molhar o pincel", e acabava tudo a dormir uns com os outros. Força e coragem não faltava. Muitas das vezes jantavamos comidas que nem os porcos queriam. Era só para encher o balde e grande parte das vezes ela regressarva ao exterior. Era sempre a 200. Agora sabe bem estar com os amigos (amigos, e não pessoal, dantes qualquer um era amigo, mas o tempo tem o dom de filtrar os que verdadeiramente o são) até às quinhentas a comer bem e a buber ainda melhor. Estarei a ficar velhor? Se sim, eu gosto.

Na iminência...

... de uma ida ao santoinho o coração dum chapa acelera, a mão treme, mas só a esquerda porque a direita é necessária para segurar a caneca do maduro e não pode falhar. O reencontro com amigos que há muito não vemos também é bom, mas se formos analisar bem as coisas quando os chapas estão juntos é para beber e fazer cenas para mais tarde recordar. Por isso venham elas, e as canecas de tinto também.

Ah o vinho do vô...

Tempos em que se bebia do gargalo e se molhava a peitaça toda de maduro tinto tal era o gole. As saudades... Tempos em que se se tomava banho de cigarro numa mão e cerveja na outra... E que até as baterias dos carros serviam para... sei lá o quê. O que é certo é que elas apareciam. Isto para não falar em estacionamentos em cima de rotundas com um custo acrescido de 80 e muitos contos, na moeda antiga... Minha nossa, recordar é bom, mas os tempos passados não voltam mais, apenas os podemos recordar, se possível em conjunto... Para quando?